Crossing Abbey Road Experience

Pausa no diário.

Claro que eu fui até a Abbey Road, no cruzamento de pedestres mais famoso do mundo. Como fã dos Beatles isso é obrigatório! É uma experiência única. Você arrisca sua vida no meio dos carros só pra tirar uma foto. E tem até uma webcam lá, 24 horas por dia filmando todos os malucos que vão lá pra imitar a capa do disco dos Beatles. Mas só as últimas 24 horas de vídeo ficam gravadas. Então corra! Quem sabe ainda dá tempo de ver eu e a Damaris parando o trânsito pra tirar uma foto! http://www.abbeyroad.com/visit/ cliquem em “archives”. Nós estivemos lá entre 12:36 pm até 01:18 pm.

Mas se não deu tempo de ver “ao vivo”, eu registrei toda a experiência em vários prints:

Se você é fã dos Beatles como eu sou, o impácto ao chegar lá é grande. E o risco de ser atropelado também! A gente fica meio deslumbrado e acaba atravessando a rua sem olhar. Repare nos postes com as luzes amarelas, ele está lá justamente por isso. Descobri que esse poste sinaliza prioridade para o pedestre. Por isso que os carros param quando a gente atravessa.

A quantidade de gente lá é enorme. Quando não são os carros, são as pessoas que atrapalham!

Eu também assinei no muro do estúdio, que aliás, já estava todo assinado!

Diário de viagem dia 15: da França pra Inglaterra de Eurostar

Tivemos praticamente que madrugar. O trem saía 9h13, e a gente tinha pelo menos mais uns 40 minutos de metrô até a estação então tomamos café bem rápido. Foi muito bom ter uma estação de metrô praticamente na esquina do hotel. O tamanho da mala da Damaris atrapalha de verdade.

Chegamos na estação um pouco antes do que dizia o bilhete do Eurostar, 8h20. Detalhe é que pro Eurostar você precisa fazer check-in. Outro detalhe muito importante é que você precisa fazer o processo de imigração de novo, afinal estavamos indo pro Reino Unido agora.

O problema é que a meia hora que o bilhete pede de antecedência não é suficiente pra todo o processo de imigração. Você tem que preencher uma ficha com seus dados e os dados do hotel (seja prático, leve o voucher do hotel no bolso do casaco, a Damaris aprendeu isso comigo!). Depois você ganha o carimbo de saída da França no passaporte. O gurada francês, mala, carimbou bem no meio das páginas do meu passaporte, custava seguir a sequência. Logo depois a fila praticamente para. É que os guardas britânicos são mais rigorosos, perguntam pra onde você vai, o que vai fazer, se vai ficar em hotel ou casa de amigos, o que você faz no Brasil e se você der corda, passam o dia conversando com você.

Definitivamente, meia hora de antecedência é muito pouco. Nesse momento vimos um dos trens da Eurostar indo embora, deveria ser o nosso. Mas ainda precisávamos passar pela revista de segurança e passar as malas no raio-x. Evite as filas com japoneses, tanto na imigração como no raio-x. Não dei sorte na imigração, pegamos um japones que acabou tendo que voltar pra trás. Felizmente no raio-x escolhemos uma fila mais rápida. Só eu que demorei um pouco pra passar no detector de metais porque estava com o voucher do hotel no bolso. Acredita que o grampo do voucher fazia o detector de metais apitar?

Já eram bem mais de 9h13, nosso trem já tinha partido. Mas não fomos os únicos a perder o trem. Muita gente também perdeu o trem. Muita gente ficou irritada porque a demora foi por causa da imigração. Acho que os japoneses tem essa mania de chegar cedo demais. O trem deles era só 11h13 mas mesmo assim já estavam lá, atrasando a vida de quem ia pegar o trem das 9h13. Não entendo porque é tão demorada a imigração deles, nem porque demoram pra passar no raio-x, muito menos porque chegam tão cedo pra pegar um trem!

Felizmente não tivemos problemas, o pessoal do Eurostar coneguiu encaixar a maioria das pessoas no trem das 10h13.

São três horas de viagem. Eu pensava que a maior parte seria no túnel sob o Canal da Mancha. Mas a maior parte do trajeto é ao ar livre mesmo. É meio estranho. Quando o trem entra no túnel os ouvidos tapam, como se você estivesse andando de avião. Chega a incomodar um pouco, tanto que não consegui dormir.

Chegamos em Londres! Finalmente toda a sinalização estava em uma língua que eu entendia. E aqui todo mundo fala inglês! Você não tem idéia de como isso facilita a vida de um turista! Chegamos na King’s Cross St. Pancras. Mas nosso trem pra Liverpool saia de outra estação, a Euston. Então começamos a caminhar em direção ao metrô, pra chegarmos até a outra estação. Fui até o balcão de informações pra perguntar sobre os tickets e qual linha deveria pegar. Acho que essa foi a primeira vez que um balcão de informações foi realmente útil. Melhor ainda foi que dessa vez a pessoa que me atendeu entendeu tudo o que eu falei. Ainda melhor foi entender tudo o que a pessoa me disse!

Euston fica a uma parada de metrô de St. Pancras. O senhor do balcão de informações me disse que nem valia a pena pagar um bilhete, eram apenas alguns quarteirões. Então resolvemos irmos a pé mesmo.

O problema foi que uma das rodinhas da minha mala quebrou. Acho que foi porque eu reclamei muito do tamanho da mala da Damaris. Menos mal que a mala tem rodinhas de giro, então dava pra arrastar a mala com algum esforço.

Quando chegamos em Euston fui até o balcão de informações pra saber onde pegar o trem e os horários. É muito simples. Tinhamos um bilhete flexivel, então ele era válido pra qualquer trem de Londres pra Liverpool, desde que existissem lugares vagos. A plataforma é informada momentos antes do trem que vai pra Liverpool chegar na estação. Então você tem que ficar de olho no painel até que a plataforma seja indicada. Assim que a plataforma é indicada, uma multidão começa a andar em direção a ela, são as pessoas que vão pra Liverpool. Pra saber se tinha lugar no trem não tem outro jeito. Você tem que entrar e procurar um assento vago. Existem displays em todos os lugares informando se aquele assento está reservado ou vago. Demorou um pouco pra gente perceber isso, mas não tivemos problemas.

Chegamos em Liverpool. Finalmente eu estava em Liverpool! Eu estava preocupado porque tinha me esquecido de olhar na internet como chegar da estação de trem até o hotel. Mas demos muita sorte, o hotel era virando a esquina da estação. Tinha um mapinha do Google Maps junto com o voucher e a Damaris viu a rua do hotel bem próximo da estação, quando viramos a esquina e vimos o hotel foi fantástico!

O hotel até que era legal. Tem um pub no lobby. E tinha muita gente assistindo futebol no pub. Subimos pro quarto. Pra variar a Damaris estava reclamando. Você não tem idéia da cara que ela fez quando eu percebi que não tinha chuveiro no quarto. Tinha só uma banheira, com uma torneira. O chuveiro era “comum”, no fim do corredor. Mas acho que ninguém mais usava ele. Ele estava bem limpo e, mesmo com a Damaris reclamando, tomamos banho lá.

Estavamos em Liverpool! Eu não ia dormir sem dar uma volta na cidade. E era cedo ainda, 19h00. Saímos pra procurar um lugar pra jantar. Um frio absurdo. Muito mais que em Paris. Mas estranhamente tudo estava fechado e não tinha quase ninguém na rua. Andamos pelo centro comercial da cidade e só viamos vitrines. Vimos um Burguer King fechando e logo depois encontramos um McDonalds quase fechado. A escolha foi óbvia.

Na volta, encontramos muita gente na rua. Estranho né? Era a volta pra casa da torcida do Liverpool. Agora estavamos na Inglaterra, o lugar onde se inventou o futebol. Anfield Road deveria estar lotado.

Notas:

  • Não adianta, você vai olhar pro lado errado quando for atravessar a rua pela primeira vez!
  • Até a torneira na Inglaterra abre pro lado contrário!
  • Aliás, lembre-se de notar que até a água gira pro lado contrário na pia e na privada aqui na Europa, você está acima da linha do equador. Ou você fugiu da escola?
  • O Thalis deixa o Eurostar no chinelo! Esperava muito mais desse trem…
  • O jogo era Everton x Liverpool, clássico da cidade. E o Liverpool perdeu. Normal, até meu Glorioso Tricolor já ganhou do Liverpool…